quinta-feira, 25 de setembro de 2008

TALL SHIPS - O adeus aos veleiros...

"E num dia de nevoeiro os veleiros disseram adeus a Aveiro, mais propriamente à Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo".


No molhe sul, o Sol voltou a aparecer por breves momentos, mas os veleiros já navegavam em alto mar.

(Imagens captadas à saída da Barra de Aveiro)


O último a sair foi o navio de guerra, parecia um navio fantasma.

Um dos últimos veleiros, já debaixo de intenso nevoeiro.

O veleiro Mexicano (saída da Barra)



Um espectáculo extraordinário. Os marinheiros cantaram até à saída da Barra e foram aplaudidos por centenas de pessoas.





E numa tarde de nevoeiro o Sol descobriu para o adeus aos veleiros.

Ílhavo em festa! Os maiores veleiros do mundo...





































Fotos do José Augusto Costa (Fotógrafo amador)

Obrigada Zé pelas centenas de fotos que me enviaste, é muito difícil escolher dada a beleza das mesmas.

As três fotos que se seguem foram-me enviadas pelo Senhor Comandante Rui São Marcos:






Muito obrigada pela sua gentileza, bem haja!:-)

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

TALL SHIPS


Aveiro em Festa, mais propriamente a Gafanha da Nazaré, concelho de Ílhavo.
Entraram no passado dia 19, no Porto de Aveiro, os maiores veleiros do Mundo.
Encontram-se acostados ao Terminal Norte do Porto de Aveiro e podem ser visitados.

Sairão para o Funchal amanhã dia 23, cerca das 11 da manhã.

A seguir deixo alguns registos desses "Tall Ships" fantásticos:











O meu agradecimento com um beijinho grande ao Mané, à Paulita e à Guida, pela cedência de algumas imagens.







domingo, 21 de setembro de 2008

LUA

Esta imagem fantástica, foi captada pelo "Reporter Alentejano" que me cedeu para fazer parte do meu Blog.
Já existem noutras mensagens, algumas imagens dele que estiveram expostas na Galeria do Fotogenico.
Faço aqui um apelo ao Vitor para criar um Blog com as suas imagens, tenho a certeza que iriam ser um sucesso, dada a sua excelente qualidade.
(daqui de Aveiro um beijinho de amizade para ti)



Eu tenho pena da Lua!
Tanta pena, coitadinha,
Quando tão branca, na rua
A vejo chorar sozinha!...

As rosas nas alamedas,
E os lilases cor da neve
Confidenciam de leve
E lembram arfar de sedas

Só a triste, coitadinha...
Tão triste na minha rua
Lá anda a chorar sozinha ...

Eu chego então à janela:
E fico a olhar para a lua...
E fico a chorar com ela! ...

Florbela Espanca

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Recordar é viver...








Hoje apetece-me recordar
E recordar é viver!
Recordações lindas
Que não quero esquecer.

Algumas fazem-me lembrar
O tempo em que era criança
Em que não havia descanso
Um dia inteiro a brincar!

Amigos vamos para o largo correr?
Ou preferem à macaca jogar?
Esperem por mim, eu vou lá ter,
Primeiro vou a casa avisar.

E o tempo passava a voar!
Contavam-se lindas histórias,
Que nos faziam sonhar.
De princesas e de castelos
Histórias de encantar!


Também não tinhamos televisão, o meu pai só comprou uma a preto e branco, quando eu tinha doze anos.

E por falar em televisão, costumava ir com a minha titi Bina a um Clube, ver os espectáculos de variedades, os filmes portugueses, etc.

Lembro-me das minhas primas gostarem muito do António Calvário e eu passei a gostar também. Penso que toda a gente gostava dele, porque era um homem muito bonito e tinha uma voz muito romântica.







sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Eu vou com as aves...



http://www.fotogenico.net/fotogenico/modules/xcgal/displayimage.php?pid=353&com_id=36440&com_rootid=36440&com_mode=flat&#comment36440



Poema à mãe de Eugénio de Andrade

No mais fundo de ti,
eu sei que te traí, mãe.

Tudo porque já não sou
o menino adormecido
no fundo dos teus olhos.

Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? -
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;
ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
Era uma vez uma princesa
no meio de um laranjal…

Mas - tu sabes - a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.


Rosas (a minha primeira aventura a preto e branco):

http://www.fotogenico.net/fotogenico/modules/xcgal/displayimage.php?pid=7089




segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Gaivota - Alexandre O'Neill

Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se um português marinheiro,
dos sete mares andarilho,
fosse quem sabe o primeiro
a contar-me o que inventasse,
se um olhar de novo brilho
ao meu olhar se enlaçasse.

Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração.

Se ao dizer adeus à vida
as aves todas do céu,
me dessem na despedida
o teu olhar derradeiro,
esse olhar que era só teu,
amor que foste o primeiro.

Que perfeito coração
morreria no meu peito,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde perfeito
bateu o meu coração.




Estas imagens foram captadas no Sábado à tarde perto da marinha de sal Troncalhada




Fui apanhada por uma "paparazzi" quando apanhava uns figos desta figueira que está junto à marinha de sal.
Para conseguir que me desse esta foto tive que concordar que fosse comigo ao cinema no Domingo ver a Mamma Mia, lol